quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

The Who- Who's Next(1971)


Nome:Who's Next
Ano:1971
Produção:The Who, Glyn Johns
Músicos:Roger Daltrey(vocais), Keith Moon(bateria e percussão), John Entwistle(baixo, trompa, vocais e piano), Pete Townshend(guitarras, orgão VCS3, sintetizador A.R.P, vocais e piano) Nick Hopkins(piano em "Song is over" e "Getting in Tune") e Dave Arbus(violino em "Baba O'Riley")
Faixas:
1.Baba O'Riley
2.Bargain
3.Love Ain't For Keeping
4.My Wife
5.Song is Over
6.Getting in Tune
7.Goingo Mobile
8.Behind Blue Eyes
9.Won't Get Fooled Again

Junto com The Who Sings My Generation, este é o meu álbum favorito do The Who. O álbum surgiu da tentativa frustada do projeto Lifehouse de Townshend, que consistia em um concerto em que dados da platéia eram transferidos para um sintetizador A.R.P e através destes eram criadas músicas que se completavam(?). O projeto, evidentemente "impossível", gerou divergências entre o até então produtor da banda Kit Lambert e Pete. Até onde sei, foram através dessas brigas que surgiu a idéia da música "Behind Blue Eyes", um dos clássicos do álbum. Em termos de técnicos, este se mostrou superior à seu antecessor, Tommy, contando com um excelente trabalho de Glyn Johns, as composições e arranjos de Pete, John Entwistle sendo o único além de Pete à compor para o disco e a qualidade em relação à técnica e postura de Keith e Roger. O álbum possui grandes clássicos da banda e, na minha opinião, nele estão presente grande parte das melhores composições de Townshend. Podemos citar como clássicos desse álbum as músicas "Baba O' Riley", "Bargain", "My Wife"(esta compostar por Entwistle), a já citada "Behind Blue Eyes" e "Won't Get Fooled Again", que era originalmente do projeto Lifehouse. Sobre a arte da capa, existem duas hipóteses. Uma é de que o monumento de concreto em que os membros aparecem após tirar aquela água do joelho foi inspirado no monolito que aparece na lua no filme 2001:Uma Odisséia No Espaço, de Stanley Kubrick. A outra, é de que este monumento representava a alienação e o fato de eles estarem urinando nele era uma questão de protesto. Pete viu nos sintetizadores novas possibilidades para compor e dessas "possibilidades" surgiu um álbum fantástico, de extrema qualidade, que alcançou o 13º lugar nos Melhores Álbuns de Todos Os Tempos segundo o canal VH1 e 28º na lista da revista Rolling Stone. Mesmo a idéia do projeto Lifehouse parecendo meio absurda, creio que se tivesse sido realizada na época, seria algo de genialidade e criatividade incríveis(afinal, veio da cabeça do Townshend),o problema é que para isso ficaríamos sem o Who's Next, então...

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Tropicalistas- Tropicália ou Panis et Circensis(1968)


Nome:Tropicália ou Panis et Circenses
Ano:1968
Produção:Manuel Berembein
Músicos:Caetano Veloso, Gilberto Gil, Tom Zé, Os Mutantes, Gal Costa, Nara Leão.(Dados sobre os instrumentos não foram encontrados, mas, se servir de consolo, os arranjos são do maestro Rogério Duprat)
Faixas:
1.Miserere Nobis
2.Coração Materno
3.Panis et Circenses
4.Lindonéia
5.Parque Industrial
6.Geléia Geral
7.Baby
8.Três Caravelas
9.Enquanto Seu Lobo Não Vem
10.Mamãe, Coragem
11.Bat Macumba
12.Hino ao Senhor do Bonfim

O Tropicalismo explodiu na segunda metade da década de 60(mais precisamente 1967)no III Festival de Música Popular da TV Record com as polêmicas apresentações de Caetano e Gil tocando, respectivamente, Alegria, Alegria e Domingo no Parque. A Inserção das guitarras elétricas na MPB causaram um impacto imenso. Caetano tocou sua música acompanhado pela banda argentina Beat Boys e Gil acompanhado pelos Mutantes, que foram muito bem advertidos pelo baiano:"preparem-se para as vaias". A Tropicália, na minha opinião, foi o movimento musical brasileiro mais revolucionário de todos os tempos, mais até que a Bossa. Gravado em Maio de 1968 e lançado pela Philips, o disco manifesto do movimento Tropicalista além de contar com a maioria das composições feitas pelos principais "expoentes" musicais do movimento, ainda contou com a particição dos compositores(também participantes ativos do movimento) José Carlos Capinan, que compôs em parceria com Gil a música "Miserere Nobis", a faixa que abre o disco e com Torquato Neto, que compôs as músicas "Geléia Geral"(com Gil) e "Mamãe, Coragem"(com Caetano). O disco ainda conta com as músicas "Coração Materno", de Vicente Celestino(que viria à falecer naquele ano), o "Hino ao Senhor do Bonfim", de João Antonio Wanderley e a tradução da música "Las Tres Carabelas", de Algueiro Jr e Moreau. A capa do disco traz os tropicalistas no melhor estilo Sgt.Peppers Lonely Hearts Club Band(disco que, obviamente, será tratado aqui futuramente e que foi de grande influência para o movimento), com Gil sentado no chão segurando uma foto de Capinan e vestido com um "roupão"(se assim podemos chamar), Rogério Duprat tomando algo em um penico ao lado de Caetano(que está segurando uma foto de Nara Leão) de Gal e Torquato e atrás deles estão os Mutantes(respectivamente:Arnaldo, Rita e Sérgio) e Tom Zé. O disco ficou na 2ª colocação dos Melhores Álbuns de Música Brasileira segundo a revista Rolling Stone, perdendo somente para o álbum Acabou Chorare, dos Novos Baianos. A importância e influência do álbum atravessou(e ainda atravessa) décadas, tendo influenciado artistas de todos os gêneros e idades. A genialidade dos compositores e os arranjos incríveis de Duprat dão à esse disco a posição de indispensável nas estantes dos brasileiros embora, infelizmente, não seja muito fácil adquirir um exemplar do mesmo. Como diria Caetano:"esse álbum é SUPERBACANA!"

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Mutantes- Tecnicolor(2000)


Nome:Tecnicolor
Ano:Gravado em 1970 e Lançado em 2000
Produção:Carl Holmes
Músicos:Arnaldo Baptista(teclado e vocais), Sérgio Dias(guitarra e vocal), Rita Lee(teclado e vocais), Liminha(baixo) e Dinho Leme(bateria e percussão)
Faixas:
1.Panis et Circences
2.Bat Macumba
3.Virginia
4.She's My Shoo Shoo(A minha menina)
5.I Feel a Little Spaced Out(Ando meio desligado)
6.Baby
7.Tecnicolor
8.El Justiciero
9.I'm Sorry Baby (Desculpe, babe)
10.Adeus, Maria Fulô
11.Le premier Banheur du Jour
12.Saravah
13.Panis et Circenses (REPRISE)


Gravado no final de 1970, durante a segunda viagem da banda à França e só lançado em 2000, o disco Tecnicolor trazia músicas em idiomas diferentes do português, sendo estes:inglês, francês e espanhol, além de algumas versões em português com arranjos diferentes. O disco ainda conta com textos manuscritos e ilustrações feitas por ninguém mais que o filho do cara, digo, Sean Lennon. O próprio Sean diz que os Mutantes são mais revolucionários que os Beatles, reza a lenda. O disco conta com duas composições de Caetano e Gil(Panis Et Circenses e Bat Macumba), uma de Caetano(Baby), uma de Jorge Ben(She's My Shoo Shoo), uma de Sivuca e Humberto Teixeira(Adeus Maria Fulô), uma de Fank Gerald e Jean Renard(Le Premier Bonheur du Jour) e mais seis de Rita, Arnaldo e Sérgio. O som do álbum, ainda que em outros idiomas, possui uma grande influência de música brasileira, como samba, bossa nova, baião e afins. A Polydor britânica acabou desistindo do projeto de lançar a banda no exterior, fazendo com que as gravações fossem esquecidas até serem descobertas pelo jornalista Carlos Calado em 1995, que imediatamente tomou partido do lançamento do CD(Na foto, não é o cd e sim o vinil, que possui a arte do Sean Lennon e só foram produzidas 300 cópias do mesmo, o cd possúi essa capa), tentativa essa frustrada, já que o projeto fora rejeitado e só realizado pelo produtor Marcelo Fróes que em 1999 conseguiu convencer a gravadora à lançá-lo. O disco, por mais incrível e bem feito que seja (pra variar), não recebeu todo o reconhecimento merecido (pra variar) e, na minha opinião é um dos melhores álbuns dos Mutantes. Curiosidade:Foi durante a viagem da gravação do disco que a banda teve o primeiro contato com o LSD em um passeio à torre Eifel através do amigo Peticov, o mesmo que possuía a gravação que chegou às mãos de Carlos Calado.

The Velvet Underground- The Velvet Underground and Nico(1967)



Nome:The Velvet Underground and Nico
Ano:1967
Produção: Andy Warhol, Tom Wilson
Músicos: Lou Reed(vocal, guitarra e guitarra Ostrich), John Cale(viola elétrica, piano e baixo), Sterling Morrisson(guitarra e baixo), Maureen Tucker(bateria e percussão) e Nico(vocal)
Faixas:
1.Sunday Morning
2.I'm Waiting for the Man
3.Femme Fatale
4.Venus in Furs
5.Run Run Run
6.All Tomorrow's Parties
7.Heroin
8.There She Goes Again
9.I'll Be Your Mirror
10.The Black Angel's Death Song
11.European Son

Sem dúvidas este é um dos discos mais importantes e influentes de todos os tempos, não só da indústria fonográfica como da artística. Lançado em 1967, o disco de estréia do Velvet Underground, o grupo apadrinhado por Andy Warhol(Ícone da pop art), pode ser considerado um dos mais influentes discos psicodélicos. Há quem diga que quem ouviu o disco montou uma banda(lê-se, hipotéticamente, Kurt Cobain, David Bowie, Iggy Pop e cia.). O disco é recheado de letras fortes, com assuntos relacionados a drogas, sadomasoquismo, prostituição, entre outros e melodias muito experimentais, criadas por Reed e Cale, usando também afinações alternativas e o uso da viola de Cale. O próprio Lou Reed criou uma afinação chamada "Ostrich", que consiste em afinar todas as cordas com a mesma nota(no caso, ré) e ele a usou para gravar as músicas "Venus in Furs" e "All Tomorrow's Parties". A inclusão da cantora alemã Nico na banda(contrariada pelos membros do Velvet), foi imposta por Warhol. Esta assumiu os vocais principais em "Femme Fatale", "All Tomorrow's Parties" e "I'll Be Your Mirror". A banda, a frente de seu tempo, recebeu vários elogios da crítica com seu álbum, e teve sua melhor posição na Billboard na 171ª colocação e a 13º na lista dos 500 Maiores Álbuns de Todos os Tempos, segundo a revista Rolling Stone.

Hello, Hello, How Low


Ano Novo(Quase!), Blog novo!Diferente do Eu Também Vou Reclamar, esse não vai falar mal de ninguém, pelo contrário.Nesse blog irei fazer resenhas de discos, independente de estilo, nacionalidade ou qualquer coisa do tipo.PS.:Para não fazer qualquer tipo de apologia à pirataria, não irei postar nenhum link para download dos álbuns, portanto, procurem na loja de cds mais próxima (ou baixem por aí).