sexta-feira, 27 de maio de 2011

T.Rex- The Slider (1972)


Nome: The Slider
Ano: 1972
Produção: Tony Visconti
Músicos: Marc Bolan (guitarra e voz), Steve Currie (baixo), Mickey Finn (percussão e vocais), Bill Legend (bateria), Howard Kaylan (vocais) e Mark Volman (vocais)
Faixas:
1.Metal Guru
2.Mystic Lady
3.Rock On
4.The Slider
5.Baby Boomerang
6.Spaceball Ricochet
7.Buick Mackane
8.Telegram Sam
9.Rabbit Fighter
10.Baby Stranger
11.Ballrooms Of Mars
12.Chariot Choogle
13.Main Man

Originalmente formada como Tyranossaurus Rex, a banda tinha um som mais acústico, voltado para o folk, que era influência direta do vocalista e guitarrista Marc Bolan (Bolan= BOb DyLAN). Mais ou menos na virada da década de 60 para os 70, as guitarras começam a mexer com o lado criativo de Bolan. Sendo assim, os músicos são despedidos e forma-se então o T.Rex, um fenômeno do glam rock com nome mais simples e melodias eletrificadas. Após o lançamento de dois bons álbuns, a banda atinge o sucesso com The Slider. Com muita influência dos temas acústicos, The Slider é uma mistura de um rock maduro, com guitarras sujas e temas simples, sem a necessidade de canções complexas. Sua capa, traz Marc Bolan em preto e branco, portando uma cartola e foi clicada por ninguém menos que o beatle Ringo Starr, que também filmou um documentário sobre o grupo. O álbum começa com "Metal Guru", primeiro single do álbum, uma balada folk, com uma guitarra distorcida e backing vocals constantes. "Mystic Lady" segue o mesmo estilo da anterior, porém ainda conta com um arranjo de cordas de fundo. Em "Rock On", um efeito faz parecer que os violinos estão distorcidos. A música título do álbum, é meio que uma síntese dos elementos da banda. "The Slider" começa muito bem com uma virada de bateria e segue com a voz suave de Bolan, acompanhada da guitarra com uma distorção bem dosada, sem parecer pesada. Após determinado momento da música, os violinos acompanham a guitarra. "Baby Boomerang" tem um ritmo meio de "blues de boteco", com efeitos na voz e vocais acompanhando a voz principal no refrão. "Spaceball Ricochet" é basicamente uma base de violão e voz com o baixo fazendo umas escalas no fundo e uma letra inteligente e profunda. A próxima canção, "Buick Mackane" traz um lado mais hard, numa melodia característica de bandas no estilo do Led Zeppelin. Outro sucesso, "Telegram Sam" dá continuidade ao disco, com um estilo bastante glam. "Rabbit Fighter" é mais calma, com um violão base e uns belos gemidos da guitarra. Após a comediante contagem de tempo de Marc Bolan, ouvimos "Baby Strange", que tem uma forte influência de blues e uma bateria com marcação bastante precisa. "Ballrooms of Mars" é uma balada que fez parte da trilha do filme School of Rock ("Escola de Rock") e na letra são citados nomes como John Lennon e Bob Dylan. "Chariot Choogle" é diferente de sua anterior, mais pesada, com riffs distorcidos e a voz de Bolan parece estar dobrada. O álbum acaba com "Main Man", mais uma das músicas com base do violão, além de ter um vocal psicodélico no início e ser uma das músicas onde podemos notar melhor o som do baixo.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Cássia Eller- Com Você...Meu Mundo Ficaria Completo (1999)


Nome: Com Você...Meu Mundo Ficaria Completo
Ano: 1999
Produção: Nando Reis e Luiz Brasil
Músicos: Cássia Eller (voz, violão e percussão), João Viana (bateria), Walter Vilaça (guitarra), Fernando Nunes (baixo), Lanlan (percussão), Thamyma Brasil (percussão), Luiz Brasil (violão, percussão, guitarra, arranjos e violão de 12 cordas), Renato Massa (bateria), Maurício Barros (piano e órgão), Mingo Araújo (percussão), Chiquinho Chagas (acordeom), Cesinha (bateria e percussão), Rodrigo Garcia (violão), Paulo Calasans (piano, órgão e clavinete) e Nanci Ribeiro (voz)
Faixas:
1.Segundo Sol
2.Mapa do Meu Nada
3.Gatas Extraordinárias
4.Um Branco, Um Xis, Um Zero
5.Meu Mundo Ficaria Completo (Com Você)
6.Palavras Ao Vento
7.Aprendiz de Feiticeiro
8.Pedra Gigante
9.Infernal
10.Maluca
11.As Coisas Tão Mais Lindas
12.Esse Filme Eu Já Vi

Com a produção impecável de Nando Reis e Luiz Brasil, Cássia Eller grava em 1999 um disco que traz uma enxurrada de clássicos. Com um verdadeiro time de músicos e uma orquestra, Com Você...Meu Mundo Ficaria Completo, foi a concretização e o auge do sucesso da cantora no fim da década de 90. Como grande intérprete que sempre foi, Cássia traz no disco composições de diversos gêneros e de autoria de vários grandes nomes da música brasileira. O disco já começa com seu maior sucesso ao lado de "Malandragem", "Segundo Sol", que segundo a própria cantora, ela "roubou" de Nando Reis. A música é daquelas perfeitas para se tocar no violão e traz um belo arranjo de cordas, além da participação do "barão" Maurício Barros pilotando as teclas. A segunda faixa, "Mapa do Meu Nada", é uma declaração amorosa de Carlinhos Brown e possui a participação especial de Jussara Silveira no disco. O final de "Mapa do Meu Nada" parece até uma ponte para "Gatas Extraordinárias", do Caetano. O destaque da faixa são as flautas e, claro, a letra impecável do Caetano. Depois dessa dupla de canções de amor, aparece uma canção inversa, "Um Branco, um Xis, um Zero", do trio Arnaldo Antunes, Marisa Monte e Pepeu Gomes. A canção tem uma forte influência do rock e a voz da Cássia sai, como de costume, extraordinária. A canção título do álbum, também composição de Nando Reis, tem o solo de guitarra do Walter Vilaça e uma letra muito bem construída, falando que perto do amor os problemas parecem pequenos. Seguindo, a sexta faixa traz mais um clássico, composição do baiano Moraes Moreira em parceria com a outra maravilhosa cantora Marisa Monte, "Palavras Ao Vento", com Paulo Calasans tocando um órgão maravilhosamente bonito e Luiz Brasil e Rodrigo Garcia nos violões. Mudando bruscamente o estilo, Cássia Eller mostra sua versatilidade interpretando "Aprendiz de Feiticeiro", do gênio paulista Itamar Assumpção, oriundo da Vanguarda Paulista. Destaque para o acordeom e a percussão. Também com bastante percussão e acordeom, Cássia interpreta, absorvendo o estilo único do compositor baiano Gilberto Gil, "Pedra Gigante", feita em parceria com Bené Fonteles. A nona faixa leva o nome da banda de apoio de seu compositor. "Infernal", de Nando Reis, tem uma fortíssima influência de funk, expressada por Paulo Calasans em seu clavinete, que é completado pelos sopros. "Maluca", de Luiz Capucho, é um samba muito bonito, praticamente montado pelo violão, o arranjo de cordas e a letra falando sobre o amor de uma mulher por flores. Chegando ao final, temos mais uma do Nando Reis, "As Coisas Tão Mais Lindas", muito bem interpretada pela Cássia e por último "Esse Filme Eu Já Vi", de Luiz Melodia e Piau, com grande influência de jazz.