terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Tropicalistas- Tropicália ou Panis et Circensis(1968)


Nome:Tropicália ou Panis et Circenses
Ano:1968
Produção:Manuel Berembein
Músicos:Caetano Veloso, Gilberto Gil, Tom Zé, Os Mutantes, Gal Costa, Nara Leão.(Dados sobre os instrumentos não foram encontrados, mas, se servir de consolo, os arranjos são do maestro Rogério Duprat)
Faixas:
1.Miserere Nobis
2.Coração Materno
3.Panis et Circenses
4.Lindonéia
5.Parque Industrial
6.Geléia Geral
7.Baby
8.Três Caravelas
9.Enquanto Seu Lobo Não Vem
10.Mamãe, Coragem
11.Bat Macumba
12.Hino ao Senhor do Bonfim

O Tropicalismo explodiu na segunda metade da década de 60(mais precisamente 1967)no III Festival de Música Popular da TV Record com as polêmicas apresentações de Caetano e Gil tocando, respectivamente, Alegria, Alegria e Domingo no Parque. A Inserção das guitarras elétricas na MPB causaram um impacto imenso. Caetano tocou sua música acompanhado pela banda argentina Beat Boys e Gil acompanhado pelos Mutantes, que foram muito bem advertidos pelo baiano:"preparem-se para as vaias". A Tropicália, na minha opinião, foi o movimento musical brasileiro mais revolucionário de todos os tempos, mais até que a Bossa. Gravado em Maio de 1968 e lançado pela Philips, o disco manifesto do movimento Tropicalista além de contar com a maioria das composições feitas pelos principais "expoentes" musicais do movimento, ainda contou com a particição dos compositores(também participantes ativos do movimento) José Carlos Capinan, que compôs em parceria com Gil a música "Miserere Nobis", a faixa que abre o disco e com Torquato Neto, que compôs as músicas "Geléia Geral"(com Gil) e "Mamãe, Coragem"(com Caetano). O disco ainda conta com as músicas "Coração Materno", de Vicente Celestino(que viria à falecer naquele ano), o "Hino ao Senhor do Bonfim", de João Antonio Wanderley e a tradução da música "Las Tres Carabelas", de Algueiro Jr e Moreau. A capa do disco traz os tropicalistas no melhor estilo Sgt.Peppers Lonely Hearts Club Band(disco que, obviamente, será tratado aqui futuramente e que foi de grande influência para o movimento), com Gil sentado no chão segurando uma foto de Capinan e vestido com um "roupão"(se assim podemos chamar), Rogério Duprat tomando algo em um penico ao lado de Caetano(que está segurando uma foto de Nara Leão) de Gal e Torquato e atrás deles estão os Mutantes(respectivamente:Arnaldo, Rita e Sérgio) e Tom Zé. O disco ficou na 2ª colocação dos Melhores Álbuns de Música Brasileira segundo a revista Rolling Stone, perdendo somente para o álbum Acabou Chorare, dos Novos Baianos. A importância e influência do álbum atravessou(e ainda atravessa) décadas, tendo influenciado artistas de todos os gêneros e idades. A genialidade dos compositores e os arranjos incríveis de Duprat dão à esse disco a posição de indispensável nas estantes dos brasileiros embora, infelizmente, não seja muito fácil adquirir um exemplar do mesmo. Como diria Caetano:"esse álbum é SUPERBACANA!"

2 comentários:

  1. "É tudo tão liiindo...", esses nordestinos rebeldes, que saíram causando no final da década
    de 60.
    Eles sim, tiveram seu tempo! *_*
    Porque hoje em dia... ah, nem precisa falar nada! :¬

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  2. Hó meu querido Luke Boy...
    Superbacana é você tão menino e tão esperto,
    inteligente, sensivel.
    Superbacana poder relembrar esses momentos riquíssimos de nossa música...
    Superbacana além dos músicos e da música (tenho com Gal)é ver que a Net nos proporciona essa democracia na expansão de valores e de nossos valores...
    Vida longa nesse projeto...
    Tô nessa trilha com o coração cheio de alegria !
    Bjs

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