sexta-feira, 22 de abril de 2011

The Smiths- Rank (1988)



Nome: Rank
Ano: 1988
Produção: Pete Dauncey e Grant Showbiz
Músicos: Morissey (voz), Andy Rourke (baixo), Johnny Marr (guitarra), Mike Joyce (bateria) e Craig Gannon (guitarra)
Faixas:
1.The Queen Is Dead
2.Panic
3.Vicar in a Tutu
4.Ask
5.His Latest Flame/Rusholme Ruffians
6.The Boy with the Thorn in His Side
7.Rubber Ring/What She Said
8.Is It Really So Strange?
9.Cemetry Gates
10.London
11.I Know It's Over
12.The Draize Train
13.Still Ill
14.Bigmouth Strikes Again

Considerada por alguns a banda alternativa mais importante da década de 80, o The Smiths, com sua mistura de pós-punk e new wave, é certamente uma das bandas mais influentes dessa década. Rank foi lançado um ano após o fim da banda e gravado um ano antes, em Outubro de 86. O disco ao vivo traz o áudio das sempre perfomáticas apresentações do grupo, com as tradicionais atitudes e dancinhas do Morissey, a guitarra de Johnny Marr sempre com efeitos que dão cara de anos 80 aos timbres da banda e o baixo e a bateria de Andy Rourke e Joyce sempre em perfeita sintonia, além da participação do músico Craig Gannon tocando uma segunda guitarra. Grande parte do repertório é formada por músicas do álbum lançado no mesmo ano, The Queen is Dead, mas o show ainda conta com músicas que apareceriam em seu sucessor, Louder Than Bombs. Reforçando a idéia de que seja o registro de um show da turnê de The Queen is Dead, o grupo abre com a canção de mesmo nome, com o solo de bateria e no meio da música Morissey empunhando um cartaz escrito "The Queen is Dead" no melhor estilo de Joey Ramone quando os Ramones tocavam "Pinhead" ao vivo. A canção influenciada pela paixão de Morissey pelo cinema britânico da década de 60 ("The Queen is Dead" faz referência ao filme "The L-Shaped Room", de 1962) dá lugar a "Panic", que tornaria-se hit no álbum seguinte, uma canção agradável com poucas variações na melodia e também na letra. "Vicar in a Tutu", tem um ritmo bem rápido, com guitarras dedilhadas e bateria bem marcante. Morissey faz uma declaração sobre os problemas causados por características como a timidez em "Ask". Nessa composição do vocalista em parceria com o guitarrista Johnny Marr, aborda uma temática comum nas canções da banda, que sempre possuiu esse lado introspectivo e até um pouco depressivo. O primeiro medley do disco, "His Latest Flame/Rusholme Ruffians", mistura uma música gravada por Elvis Presley com uma composição de Morissey e Marr do álbum Meat is Murder, mostrando a influência do rockabilly no som do grupo. Mais uma de The Queen is Dead, "The Boy with the Thorn in His Side", com bastante presença do baixo e das guitarras. Outro medley, "Rubber Ring/What She Said", tem um clima diferente, inicialmente com "Rubber Ring" parece perfeita para um daqueles filme de "Sessão da Tarde" dos anos 80, misturando jazz e blues, daí a música vai mudando para "What She Said" e se torna bem pesada, falando inclusive de temas como a morte. "Is It Really So Strange?" tem timbres mais estridentes, que fazem contraste com a voz rasgada e Morissey, tudo com uma boa influência do velho blues. "Cemetry Gates" com o baixo e a bateria se destacando bastante, tem um clima bem agradável. O clima mais pesado no disco, aparece com "London", música totalmente pós-punk, rápida e de letra forte. A melancólica "I Know It's Over" vem em seguida, com arranjo bem parecido com o original. Morissey sai de cena para dar lugar a composição instrumental de Johnny Marr, "The Draize Train", com uma notável influência de funk, no mesmo estilo da música "Barbarisms Begins at Home", de Meat is Murder. Não é algo que seja fácil perceber no som geral do Smiths, mas a influência do funk está lá, por menor que seja. A penúltima música, "Still Ill", tem uma linha de baixo pesada e timbres de guitarra nostálgicos. Por fim, o clássico máximo da banda, "Bigmouth Strikes Again", com sua temática violenta, citando, inclusive, a Joana D'arc. Rank é um belo registro dessa banda que foi muito importante para o rock na década de 80 que, infelizmente, teve uma curta duração, tendo influenciado, inclusive, bandas brasileiras, como a famosa Legião Urbana.

Um comentário:

  1. Morria sem saber da influência sobre o Legião, e mais as outras curiosidades desse texto...
    Lucas Vieira: cultura, a gente vê por aqui.
    hahahahhahaa
    Ele é reponsável por grande parte da minha musintelectualização e sabe disso! ;)

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